terça-feira, 12 de março de 2013

Resenha: A outra volta do parafuso.

 
 
 
Titulo: A outra volta do parafuso
Autora: Henry James
Editora: Penguin Companhia
Assunto: Romance
Ano: 2011
Páginas: 199
 
Sinopse: A primeira cena de A outra volta do parafuso narra uma reunião de amigos, que se divertem contando histórias de horror numa velha casa em Londres. Um deles, Douglas, diz conhecer a mais terrível de todas as histórias de fantasmas, e esclarece que ela lhe foi confiada por uma amiga, a narradora e protagonista dos fatos. Essa amiga é uma jovem professora que aceita se mudar para a propriedade de Bly, nos arredores de Londres. Seu patrão é tio e tutor de duas crianças. Flora e Miles, cujos pais morreram na Índia, e deseja que a jovem seja a governanta da casa. Ao chegar à propriedade, ela logo percebe que duas aparições, atribuídas a antigos criados já mortos, assombram a casa. Mais de cem anos depois de sua publicação, A outra volta do parafuso continua apaixonando uma legião de leitores que são aprisionados pelo enredo fantasmagórico do livro. A tradução de Paulo Henriques Britto para esta edição da Penguin reconstitui com precisão a elegante contundência do original inglês, possibilitando ao leitor brasileiro saborear todas as artimanhas narrativas de Henry James.
 
Resenha: Olá pessoas que Gostam de Ler! Hoje eu resenharei um clássico de história de terror lançado em 1898 por Henry James intitulado de A outra volta do parafuso.
 
Em uma reunião de amigos em volta de uma lareira em uma velha casa em Londres é que está história de terror começa a ser revelada.
 
Após alguns relatos de histórias de terror entre os amigos, Douglas um dos participantes da reunião informa aos demais que tem conhecimento de uma história de terror inédita. Relata que ninguém além dele tem conhecimento do fato e que a mesma é horrível demais, ultrapassando todos os limites e que nada do que ele tenha conhecimento chega perto desta história.
 
Todos são despertados por uma enorme curiosidade sobre o que seria revelado, no entanto tiveram que esperar alguns dias para ouvirem tal história, pois Douglas informa que não poderá começar a contar, uma vez que a história foi escrita por uma amiga que antes de morrer, há vinte anos, lhe enviou o manuscrito e que o mesmo estava guardado na cidade e para ser revelado teria que mandá-lo buscar.
 
Em posse do manuscrito, Douglas em torno da lareira começa a ler e a revelar aos amigos a história escrita por sua amiga. Assim, o livro A outra volta do parafuso passa a ser revelado pela protagonista da história.
 
Jovem de 20 anos, professora, filha mais nova de um pobre pároco do interior foi a Londres por conta de um anúncio de vaga de trabalho.
 
Ao se encontrar com o anunciante fica sabendo que o mesmo se tornou tutor de seus sobrinhos, Flora e Miles, após os pais dos mesmos terem morrido na Índia e que ele precisava imediatamente de uma governanta para cuidar das crianças que moravam em sua outra casa no interior de Londres.
 
A jovem encantada com o rico, galante e simpático anunciante aceita a vaga proposta por ele, mesmo após ele ter lhe revelado que não gostaria de ser incomodado em momento algum com assuntos relacionados às crianças. Devendo a nova governanta resolver todos os problemas que surgissem sem importuná-lo.
 
 Assim, a governanta parte para a mansão em Bly para cuidar de seus pupilos, embora o menino, Miles, somente voltará para a mansão em suas férias escolares já que o mesmo estuda em um colégio interno.
 
Logo que chega a mansão se encanta com a propriedade, bem como com todos que ali residem principalmente com sua pupila Flora que revela uma grande beleza. Passa alguns dias agradáveis na mansão, mas logo recebe uma carta informando que Miles havia sido expulso do colégio.
 
Na carta não é revelado o motivo da expulsão de Miles e como todos afirmam que o menino é uma criança adorável ela decide que não procurará a escola para saber o motivo nem tão pouco perguntará ao menino o ocorrido.
 
Ao conhecer Miles, também se encanta com sua beleza e educação esquecendo a expulsão do menino. Assim, a governanta relata que passa a dedicar seus dias na educação, atenção e companhia das crianças. Os dias passam e a cada dia cresce seu amor e proteção por elas.
 
Até que ela começa a ter algumas visões de fantasmas descobrindo que os mesmos foram funcionários da propriedade e que tiveram uma morte suspeita. Além do fato de que tais funcionários conviveram e tiveram uma grande influência nas crianças.
 
Ela passa a acreditar que não apenas ela tem estas visões, mas que também as crianças veem os fantasmas e ainda acredita que seus pupilos se comunicam com eles e que intenção dos fantasmas é chamar as crianças para o seu mundo.
 
Assim, a governanta passa relatar quais foram as suas decisões e atitudes tomadas na tentativa de proteger e salvar as crianças daqueles fantasmas.
 
A outra volta do parafuso é cheio de mistérios. É um livro que seu desfecho vai depender da interpretação de cada um. Tanto é que já foram realizadas diversas pesquisas e analises sobre o livro e o próprio livro traz um Posfácio de David Bromwich, que inclusive é muito interessante e deve ser lido.
 
Adorei a obra do autor, principalmente por Henry James ter dado a possibilidade de várias interpretações acerca do livro. Outro ponto alto do livro é a dúvida que nos acompanha durante e mesmo após o término da leitura sobre o que realmente se passou com os personagens daquela casa. Já que o livro é relatado sob o ponto de vista de uma narradora.
 
É um livro que te prende do início ao fim, pois é um mistério que você quer que seja logo desvendado até para que as dúvidas que você passa a ter durante a leitura sejam sanadas.
 
O livro foi bem escrito, os personagens e diálogos são bem construídos. É um livro de fácil compreensão. Gostei bastante da capa só lamento não ter orelha, ou seja, esta versão não tem orelha.
 
O filme que foi inspirado no livro se chama Os Inocentes. Também assisti ao filme e achei bem bacana, sendo o mesmo bem fiel ao livro.
 
Pessoas que Gostam de Ler! Leiam e depois me mandem um comentário sobre que conclusão chegaram. Eu tenho a minha e quero saber a sua. Não percam essa leitura é muito boa!
 
Beijão para todos!
Por Luciana Curvello
 
 
 
 
 
 


quinta-feira, 7 de março de 2013

Promoção - Concorra a 25 livros da Editora Gente!

Olá Pessoas que Gostam de Ler! Promoção no Ar. Corram e participem!

A Editora Gente criou um sorteio relâmpago para comemorar o  Dia Internacional da Mulher, onde serão sorteados 25 livros de temas variados para 2 pessoas. Para participar basta acessar o link do sorteio e seguir as regras.

Segue o link do sorteio:
 
 
Não percam está chance de ganhar 25 livros.
 
 
 
 
 

              

 
Boa sorte!
Beijão para todos!
Por Luciana Curvello

terça-feira, 5 de março de 2013

Comemore Lendo um livro!

 
 

Olá, Pessoas que Gostam de Ler! Volto com a coluna mensal Comemore lendo um livro! Trazendo, conforme prometido, a resenha do livro O Livro de Julieta escolhido (AQUI) para comemorar o dia 27/02, o Dia do livro Didático.

E eu não fui a única que comemorou o Dia Nacional do Livro Didático. No dia a Saraiva estava fazendo uma promoção com 50% de desconto nos livros infanto-juvenis, pois é...

Bom, mas vamos ao que interessa, pois a promoção já passou.

Para o mês de março a data que escolhi foi o dia 08/03, o Dia internacional da Mulher e o livro escolhido para leitura e resenha foi o A Mulher do Viajante no Tempo de Audrey Niffenegger.

Estou ansiosíssima para ler este livro, pois já li muitos comentários ótimos a respeito do livro.
 
 
 



Segue resenha do livro: O Livro de Julieta.
 
 



“Imaginamos nos conhecer bem, mas, quando alguma coisa acontece de repente, quando algo importante surge em nossas vidas, essa presunção cai como um Castelo de cartas. E é em momentos assim, de dificuldade, que descobrimos quem realmente é essa pessoa em cujo nome falamos e atuamos.”

 
 
Título: O Livro de Julieta
Autora: Cristina Sánchez-Andrade
Editora: Paralela
Ano: 2012
Páginas: 149

 

Sinopse: Um biquíni novo da Hello Kitty, um passeio de mãos dadas com os irmãos, uma piscina de bolinhas, a chuva, a rotina… Para Julieta, a felicidade é isso. Já para sua mãe, a jornalista espanhola Cristina Sánchez-Andrade, a felicidade é algo um pouco mais complicado, principalmente depois que sua filha foi diagnosticada com síndrome de Down. “Ela vai te fazer companhia a vida inteira”, “É um presente de Deus”, “Você é forte, vai superar” – é tudo o que tem ouvido desde então. Numa sucessão de memórias, bilhetes, cartas, diálogos, sonhos e impressões, este livro narra a história real de Cristina e sua filha. É uma história de atividades, de trabalho, de constância, de cobrança, de médicos. Mas é também uma história de amor, de carinho, de brincadeiras, de beijos e de cócegas. É a história de uma criança especial, mas é também a história do cotidiano de uma família, em que desponta uma protagonista cativante. Julieta é uma exímia imitadora, tem medo de guarda-chuvas abertos, admira a irmã mais nova e tem um relacionamento muito próximo com o pai. É impossível não amá-la, mas, às vezes, quando ela insiste em fazer xixi nas calças todos os dias ou toma detergente, é impossível não perder a paciência. Ao mesmo tempo grave e divertido, leve e profundo, doce e mordaz, O livro de Julieta é, acima de tudo, a tentativa de uma mãe de atravessar a distância que a separa de sua filha e adentrar seu território, enxergando-a exatamente como ela é.

 

Resenha: Cristina conta como ainda na sala de parto descobriu que sua filha Julieta tinha Síndrome de Down. Foi uma surpresa tanto para ela quanto para o marido, pois já tinham dois filhos e na gravidez não se preocupou em fazer o exame que revelaria se o bebê teria ou não a deficiência, ou seja, o exame de amniocentese.
Com uma sinceridade espetacular que, aliás, é demonstrada durante todo livro, revela como se sentiu diante daquela noticia. Naquele momento ela se pergunta de forma nostálgica, onde estaria a menina que imaginara durante toda a gravidez.
 Muito triste e com uma dor, como ela mesma menciona, que paralisa, ainda tinha esperança de algo diferente, de que aquilo pudesse ser alterado, mesmo sabendo que a síndrome de Down não pode ser curada ou alterada.
No livro, Cristina conta em forma de crônicas como trabalhou o seu psicológico e continua trabalhando para tentar superar e aceitar o fato de ter uma filha com deficiência. Ela escreve as dificuldades que teve para lidar com diversas situações, tanto com relação à própria Julieta como também em relação à reação das pessoas.
Como tentou fazer com que Julieta participasse de todas as atividades e programas que pudessem melhorar o seu intelecto e desenvolvimento e assim tornar Julieta o mais independente possível, pois não nega a enorme preocupação com o futuro da mesma.
A forma como teve que lhe dar com a situação para que a convivência familiar, com os amigos e com a sociedade em si fosse a melhor possível.
A inevitável comparação com os irmãos e até com outras crianças de sua idade, as dificuldades, a aceitação e por fim as alegrias e amor que Julieta lhe trouxe.
É um livro muito bonito, pois é muito sincero. Você vai se deparar com uma história contada por uma mãe que em nenhum momento do livro tenta por panos quentes na situação ou esconder seus sentimentos, por mais “desprezíveis” que eles em alguns momentos possam parecer.
Tem algumas passagens hilárias de Julieta, você consegue vivenciar determinadas situações, ou seja, se envolver com a história e acima de tudo é um livro que te faz refletir.
Gostei do livro, pois eu não esperava um livro com tamanha sinceridade o que me surpreendeu bastante. A leitura flui muito bem, com uma escrita fácil. A capa do livro é linda e chama muito atenção.
Recomendo o livro e classifico com 3 estrelinhas.
Caso queiram tornar esta coluna fixa em seu blog é só copiar o banner da coluna, me seguir e mencionar que a coluna surgiu aqui e me enviar o link do post para que eu possa lhe visitar.

 

Beijão para todos!
Por Luciana Curvello

 

 

domingo, 3 de março de 2013

Coraline: Resenha.


“O gato caminhava a seu lado.
- E porquê? – perguntou o gato, embora parecesse muito pouco interessado.
- Porque – disse ela – quando você tem medo e faz mesmo assim, isso é coragem.”

 

Titulo: Coraline
Autora: Neil Gaiman
Editora: Rocco
Ano: 2003
Páginas: 155



Sinopse: A história de Coraline é de provocar calafrios. A narrativa dá muitas voltas e percorre longas distâncias, criando um ‘outro’ mundo onde todos os aspectos de vida são pervertidos e desvirtuados para o macabro. Ao mesmo tempo sutil e cruel, o autor gosta de desafiar as imagens simples dos livros infantis tradicionais. No livro, a jovem Coraline acaba de se mudar para um apartamento num prédio antigo. Seus vizinhos são velhinhos excêntricos e amáveis que não conseguem dizer seu nome do jeito certo, mas encorajam sua curiosidade e seu instinto de exploração. Em uma tarde chuvosa, a menina consegue abrir uma porta que sempre estivera trancada na sala de visitas de casa e descobre um caminho para um misterioso apartamento ‘vazio’ no quarto andar do prédio. Para sua surpresa, o apartamento não tem nada de desabitado, e ela fica cara a cara com duas criaturas que afirmam ser seus “outros” pais. Na verdade, aquele parece ser um “outro” mundo mágico atrás da porta. Lá, há brinquedos incríveis e vizinhos que nunca falam seu nome errado. Porém a menina logo percebe que aquele mundo é tão mortal quanto encantador e que terá de usar toda a sua inteligência para derrotar seus adversários.

 
 
Resenha: Coraline é o nome de uma menina e não Caroline como os outros costumam erroneamente a chamar, que se muda com seus pais para um velho casarão e que por conta de sua amplitude foi dividido em quatro apartamentos.
 
Dos quatro apartamentos apenas três foram alugados, permanecendo um deles vazio. Portanto, os apartamentos daquele casarão são ocupados; um recentemente pela família de Coraline, outro ocupado por duas senhoras que foram no passado atrizes e por fim o outro apartamento é ocupado por um velho que treina circo de ratos.
 
Coraline é uma menina muito esperta, ativa e curiosa e ao se mudar para seu novo lar percebe que lá não há nenhuma criança para que possa brincar e passar o seu tempo.
 
Está de férias e embora seus pais estejam sempre presentes, pois ambos trabalham em casa, nunca lhes dão atenção o suficiente para suprir a necessidade que Coraline tem de uma companhia.
 
Assim, Coraline faz tudo o que pode para passar o tempo. Conhece seus novos vizinhos, explora o jardim do Casarão, encontra o poço no qual já havia sido avisada pelas velhas vizinhas que o mesmo era perigoso, conhece os animais que ali habitam e inclusive um estranho gato preto.
 
Um certo dia, Coraline foi proibida por sua mãe de sair de casa por estar chovendo muito e isso a deixou extremamente entediada. Decidida que continuaria com sua exploração vai até seu pai e o mesmo não tendo o que fazer e não podendo dar atenção à filha sugere que a mesma continue com sua exploração dentro da própria casa.
 
Coraline através de sua exploração acaba encontrando uma porta fechada. Curiosa faz com que sua mãe a abra e vê que a mesma não dá em parte alguma, atrás da porta havia apenas uma parede de tijolos.
 
No entanto, aquilo havia deixado Coraline intrigada e passou diversos dias pensando naquela porta. Até que um dia, sozinha em casa pega a chave da porta e a destranca e ao abri-la se surpreende, pois ao invés da parede de tijolos havia um corredor escuro.



Ao atravessar o corredor Coraline encontra sua casa, seus pais, seus vizinhos, o jardim, enfim tudo exatamente da mesma forma.  No entanto, uma versão muito melhor do que a que estava acostumada. Ali encontrou pais totalmente atenciosos, um jardim lindo, brinquedos maravilhosos, uma comida perfeita, etc.

Diante desta nova oportunidade Coraline terá que decidir em que mundo irá querer passar os restos dos seus dias.

 O livro é fantástico. Adorei os personagens são muito bem construídos. Tem várias ilustrações muito bacanas no livro, facilitando desta forma a visualização dos ambientes e dos personagens.

Traz uma mensagem muito bonita sobre valores. No meu caso, me fez muito pensar no provérbio “a beleza está nos olhos de quem a vê.” Então, embora seja um livro infanto-juvenil ele não deixa de ser apropriado a várias faixas etárias. Me fez refletir bastante após a leitura.

É um livro que você lê muito rápido, primeiro por ser uma leitura prazerosa e segundo por ter apenas 155 páginas e ter diversas ilustrações como mencionei acima. A capa do livro é muito linda e retrata bem a história.

Enfim, é sensacional. Eu ainda não tinha lido nenhuma obra do Neil Gaiman e após ter lido Coraline já comprei mais duas obras do autor. Me apaixonei.

Logo após a leitura eu aluguei o filme e achei bacaninha. No filme existe um personagem que no livro não tem. Algumas coisas são diferentes do livro, exemplo o final é um pouquinho diferente, tem algumas diferenças.

Claro, o livro é infinitamente melhor e recomendo a leitura para somente depois assistir o filme, mas não deixem de ver o filme também.

Classificando: 5 estrelinhas!


 
“Por alguns momentos sentiu-se totalmente deslocada. Não sabia onde se encontrava, nem estava totalmente certa de quem era. É surpreendente o quanto do que somos depende da cama onde acordamos pela manhã, e é surpreendente o quanto isso é frágil.”
 
Pessoas que Gostam de Ler! Leiam, leiam, leiam. Ah e assistam ao filme.
 
Beijão para todos!
Por Luciana Curvello